segunda-feira, novembro 26

Como definir a missão de uma empresa?

Na fase de conclusão do curso, na preparação do TCC, é perceptível a dificuldade dos alunos em definir claramente a missão de uma empresa. Muitas vezes confundem Missão e Visão.
 A Missão é quase imutável, deve expressar o presente, o DNA da organização, a razão de sua existência. A Visão pode ser alterada de acordo com com o mercado e suas tendências, indica o futuro da empresa e o que ela pretende em sua trajetória.
É claro que esta é apenas uma dica para facilitar o entendimento e criar uma espécie de roteiro para facilitar a definição da missão. Mas, outras informações podem constar da missão.
Daniel Portillo Serrano, dá uma importante dica que facilita, e muito, a definição da missão organizacional.

"Quase sempre a missão é iniciada, com um verbo no infinitivo, como produzir, oferecer, contribuir, trabalhar, disponibilizar, etc".
 Pegando como "gancho" o roteiro de Daniel, vamos criar uma missão para uma empresa fictícia de consultoria de marketing.
1. O que se propõe a fazer. “Prestar Consultoria de Marketing”. Esta pode ser a missão final da empresa, mas vamos acrescentar mais dados:
2. Onde?: Prestar Consultoria de Marketing na microrregião de Lins ou Estado de São Paulo”. Perceba que o negócio especifica a área de abrangência, sendo uma empresa regional que, evidentemente poderá atender em nível nacional.
3. Para quem ? Prestar Consultoria de Marketing para empresas em geral na microrregião de Lins ou Estado de São Paulo. Veja que aqui a empresa já especificou que tipo de serviços ela vai oferecer. Essa vai ser a especialidade da empresa.
4. De que forma?. Prestar Consultoria de Marketing para empresas em geral na microrregião de Lins ou Estado de São Paulo, para identificar tendências e oportunidades e definir planos estratégicos . Aqui já estamos agregando o objetivo dos serviços a serem prestados.
5. Por que?. Prestar Consultoria de Marketing para empresas em geral na microrregião de Lins ou Estado de São Paulo, para identificar tendências e oportunidades e definir planos estratégicos para que elas se destaquem e evoluam no seu segmento.



Daniel Portillo Serrano é professor, palestrante, consultor e bacharel em Comunicação Social com ênfase em Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi.

quinta-feira, novembro 15

Os jovens e seus sonhos



Todos os jovens sonham com um futuro brilhante, porém, de forma efetiva, poucos se preocupam em planejar o “passo-a-passo” para torná-lo real.
Você deve concordar que o que nos mantém vivos são os nossos sonhos e os desejos de realização pessoal e profissional. E o trabalho é, sem duvida, o principal caminho que poderá nos aproximar desse objetivo.
Desde a infância ouço dizer que os jovens são o futuro do país, que devemos cuidar deles com carinho para que consigam fazer o que os mais velhos não conseguiram realizar. Ser o futuro é uma enorme responsabilidade, e para que se concretize de maneira a satisfazer a humanidade é necessário planejar, mais do que isso, é imprescindível comprometer-se com sua realização.
Os jovens têm muitos sonhos e desejos, mas, na prática, pouco fazem para torná-los realidade.
Uma pesquisa feita pela Consultoria Universum, no primeiro semestre deste ano com 12 mil estudantes brasileiros, apontou que os universitários recém-formados esperam começar a carreira profissional com um salário médio de R$3.740,00. O estudo também mostrou que eles dão preferência para empresas que ofereçam um trabalho desafiante e que estimule a inovação. (Fonte: Revista Ensino Superior nº 169/2012, Editora Segmento).
É a característica típica dos jovens das novas gerações. Mas, o que de fato eles estão fazendo para triunfar na carreira profissional?
Outro estudo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, divulgada no final de setembro, revelou o crescimento de um grupo de jovens entre 15 e 17 anos, que nem estudam e nem trabalham. As prováveis causas são: a desmotivação na busca pelo emprego por falta de uma capacitação básica exigida pelo mercado; e o desinteresse em voltar a estudar por não se sentir atraído pela escola. (Fonte: Revista Agitação, nº 107, set/out/2012-CIEE).
“Querem isso, querem aquilo e aquilo outro. Mas, o que tem feito para conquistar seus desejos?” É esta a pergunta que faço à juventude.
O mercado de trabalho é outro. Ter um diploma já não é mais garantia de um bom emprego. Um segundo ou terceiro idioma passaram de diferenciais competitivos para um item necessário que garanta a sobrevivência de quem pretende se dar bem na vida.
Os processos de seleção profissional dos dias atuais, além de exigirem uma formação acadêmica de qualidade e o domínio de idiomas, admitem apenas profissionais de caráter e éticos, que conservem um bom relacionamento interpessoal, que sejam criativos e flexíveis, capazes de se adaptar aos mais conturbados ambientes corporativos, e que tenham características básicas de liderança.
Adaptar-se às novas exigências do mercado de trabalho significa atualização permanente e requer conhecimento sobre o mercado mundial e suas tendências. É necessário desenvolver competências pessoais, além de criar, manter e fortalecer uma rede de contatos – network - para que se consiga identificar melhores oportunidades de trabalho.
Diante dessas exigências, é importante manter o corpo e a mente em dia para suportar toda essa pressão. Há um consenso na medicina de que o fator que mais prejudica nossa saúde é o estilo de vida que levamos. Portanto, cuide-se e saiba planejar a sua vida em busca dos mais ousados objetivos.
Vorlei Guimarães

terça-feira, outubro 23

O atendimento como diferencial competitivo



A melhor maneira de se distinguir num mercado cada vez mais uniforme é investir na qualidade do atendimento.
Mesmo aceitando que o cliente é a principal razão de ser das empresas, muitos estabelecimentos comerciais de Lins não prezam pela qualidade no atendimento ao público.
Se é culpa dos funcionários - que não gostam do que fazem - ou dos patrões - que pagam pouco e desestimulam seus trabalhadores - não se sabe ao certo. O fato é que, em pleno século 21, num momento de alta competitividade, o cliente ainda é tratado como um “estranho no ninho”.
Alguns atendentes, por mais que se esforcem, não conseguem esconder a insatisfação. E, em muitos casos, esse descontentamento não é originado apenas por questões salariais, e sim, fruto do péssimo relacionamento entre patrões e empregados.
Não é surpresa para nenhum profissional de marketing que a excelência no atendimento é o principal fator para superar a concorrência e manter a competitividade num mercado de clientes cada vez mais exigentes e bem informados.
As empresas estão cada vez mais parecidas e “commoditizadas”. Investir em treinamento para os funcionários da linha de frente e mantê-los motivados converteu-se de mera benesse corporativa para um importantíssimo item nas estratégias de marketing.
Para que uma organização alcance qualidade no atendimento, primeiro deve tratar os seus funcionários com excelência. Consequentemente, eles retribuirão aos clientes externos. Gentileza gera gentileza.
Se considerarmos que a maioria dos contatos com nossos clientes são feitos pelos funcionários das áreas de atendimento, de vendas e de serviços, é necessário ressaltar a importância de mantê-los bem treinados, motivados e preparados para os imprevistos naturais que ocorrem durante as negociações entre as partes.
Manter clientes é um fator crítico de sucesso. É importante atender suas necessidades e desejos, mas, para que haja êxito nesse processo, é necessário entendê-los antes de tudo. Conhecer e reconhecer seus perfis pode ajudar a evitar uma série de constrangimentos. Saiba como são alguns clientes:
· AVARENTO: Só tem interesse no preço e quer levar vantagem financeira.
· LENTO: Tem dificuldade de entender as informações e por isso quer explicações detalhadas.
· IMPACIENTE: quer preferência no atendimento, mesmo sabendo que outras pessoas estão na sua frente.
· DESCONFIADO: Sempre com um pé atrás, é precavido, gosta de discutir e quer ser convencido a respeito da qualidade do produto.
· MAL HUMORADO: Gosta de uma boa briga e não abre mão de suas opiniões.
· BRINCALHÃO: Simpático e gozador. Aprecia uma conversa agradável. Dispõe de muito tempo. Parece uma venda tranquila.
· EXPERT: Sabe o que quer (ou pensa que sabe), é conhecedor do produto e difícil de ser influenciado.
· INIBIDO: Indeciso, quer muitos motivos para comprar e quer que você o convença.
Lembre-se que quanto mais preparado o colaborador estiver, melhor será a qualidade de seus serviços. Por isso, é preciso treinar incansavelmente.
Faça com que seus clientes internos estejam comprometidos com os resultados e a filosofia da empresa. Estabeleça programas de treinamento periódicos para que eles mantenham um excelente relacionamento com os clientes, principalmente os que têm contato direto com os clientes externos.
Prestar um bom atendimento é obrigação da empresa. Hoje, acima de tudo, trata-se de um importante fator que fará enorme diferença na decisão pela compra. E não pense que o processo se encerra com a conclusão da venda. Será apenas o início de um longo e proveitoso relacionamento que deve favorecer ambas as partes.
Vorlei Guimarães

quarta-feira, outubro 3

Tudo pela moral e bons costumes

À medida que o dia da eleição se aproxima, os ânimos começam a ficar exaltados.
Preconceitos, crimes, mentiras e falcatruas agora tem mais que uma motivação para serem praticados. Tudo em nome da "moral e dos bons costumes".
Eu que já andava chateado com o nível da campanha eleitoral que se pratica em Lins, fiquei ainda mais indignado com o que vi em minha caixa do correio na manhã de hoje.
PS.: não estou defendendo o candidato citado na referida correspondência. Zelo pela moral, ética e bons costumes.
"Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra".
Num momento em que o mundo caminha rumo a redução dos preconceitos, relacionar a cor de pele, raça, nacionalidade ou opção sexual à capacidade e competência de alguém é o pior dos crimes.
O desespero e a ânsia pelo poder tem transformado as pessoas.
"A cidade das escolas", como é conhecida a nossa Lins, supostamente deveria ter uma sociedade com melhor discernimento, consequentemente, postulantes a cargos políticos engajados aos verdadeiros conceitos da moral e dos bons costumes. Não é o que se vê.
Ainda se ouve pessoas assumindo a troca do voto por um churrasco, uma caixa de cerveja, um par de chuteiras ou outros mimos que nada favorecem o processo político.
Minha residência se localiza num ponto estratégico para comícios e eu pude ouvir vários deles.
Propostas? Ah, deixa pra lá. O legal é criticar o oponente. O importante é vencer o pleito a qualquer custo, inclusive pisoteando a moral e os bons costumes.
Pessoas que deveriam ser referência aos jovens estão se perdendo em suas manifestações e influenciando na má formação do caráter e da dignidade humana, reforçando o já depreciado estereótipo relacionado aos políticos.
Vale tudo? Parece que sim. Tudo o que servir para denegrir a imagem do outro.
Mas vale lembrar que somos nós os responsáveis pelas pessoas que serão colocadas no poder.
Tenhamos bom senso.

quinta-feira, setembro 13

Marketing? O que é mesmo?

Ainda são muitas as confusões feitas sobre o verdadeiro significado e conceito do Marketing.

Recentemente fui procurado por uma aluna que se disse chateada pelas constantes confusões relacionadas a esse profissional e suas funções, simplesmente comparando-o a um vendedor. Sem qualquer desmerecimento à função de vendedor, ela tem razão em se aborrecer. No entanto, sua definição vai muito além dessa acanhada forma de pensar. Na realidade, a venda é resultado das estratégias de Marketing definidas para cada um dos componentes, Produto, Preço, Praça e Promoção, classificados por McCarthy como os 4 P's do Marketing.

De forma curta e grossa, podem ser explicados da seguinte maneira:

Produto: é qualquer coisa que possa ser oferecida e que satisfaça desejos e necessidades de pessoas ou empresas. Além de bens ou serviços, inclui-se também o que podemos classificar como valor agregado, ou seja, marcas, embalagens, serviços aos clientes, dentre outras características.

Preço: é o custo monetário cobrado por um produto ou serviço, ou a quantia em dinheiro utilizada para obtê-lo. Cabe ressaltar que o consumidor, ao comprar um produto, obtém também os benefícios que agregam valor a ele. Em resumo, é a percepção que o comprador tem em relação ao que acabou de adquirir.

Praça: habitualmente está relacionado aos canais de distribuição, como o produto ou serviço estará disponível ao consumidor ou como chegará até ele.

Promoção: envolve diferentes tipos de mídias, propaganda e publicidade, relações públicas, feiras e eventos, patrocínios, dentre outros. Também abrange os tipos de promoções a serem utilizados na venda ou lançamento: sorteios compre um e leve dois, cupons, forma de pagamento etc.

Muitos profissionais da área defendem a inclusão de um quinto P, o de Pessoas, que envolve clientes e colaboradores. Concordo, pois são essenciais em qualquer definição estratégica.

Marketing, portanto, não é só vender. Existem muitas definições, uma delas, de acordo com a American Marketing Association, “é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”.

Em resumo, marketing é um conceito amplo e abrangente que as empresas devem entender para que possam se desenvolver, crescer e permanecer competitivas no mercado.

terça-feira, agosto 28

Natura e Jequiti em caso de plágio


A Natura denunciou a Jequiti junto ao CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, em razão de uma linha de produtos da concorrente ser idêntica a sua.
Seguindo a empresa, a linha Comix, da Jequiti, lançada este ano, é idêntica à Natura Humor, no mercado desde 2006. O CONAR acatou a denúncia e recomendou que a Jequiti suspenda a publicidade dos produtos.
As duas linhas são destinadas ao público jovem e têm embalagens que utilizam desenhos em quadrinhos.
A Jequiti recebeu a instrução de não produzir novas embalagens do produto e realizar a venda normalmente até o fim dos estoques do material.

Outro caso que está quente nos noticiários é a denúncia que a Apple fez da Samsung, sobre disputa de patentes. Aliás, as disputas entre as empresas estão longe de terminar. Tudo começou em 2010, quando a Samsung lançou seus smartphones Galaxy. Essa guerra ocorre em tribunais de quatro continentes.

quarta-feira, agosto 22

O líder e o chefe

A distância entre um e o outro é enorme e interfere na maneira como os subordinados atuam.

Antes de refletir sobre o tema acima, inicio este texto comentando sobre uma abordagem que tive um dia desses.

“O que é Inteligência Emocional?” Essa foi a pergunta feita a mim por um grupo de alunos do Ensino Médio de uma escola pública de Lins. Aliás, parabéns à professora ou professor que solicitou a pesquisa sobre esse tema que é de extrema importância para quem lida com pessoas o tempo todo.

Antes de responder à pergunta, questionei o grupo sobre qual era a ideia do trabalho. A resposta foi que eles deveriam gravar um vídeo com alguns professores, mesmo que os entrevistados não tivessem informações sobre o tema. Ou seja, diriam o que viesse à cabeça.

Após minha resposta - devidamente gravada – eles riram e disseram ter entendido o significado do tema. Não que eu seja um expert no assunto, e sim apenas mais um leitor do livro “Inteligência Emocional”, do Psicólogo e PhD, Daniel Goleman. É claro que minha resposta foi curta e grossa, mas, de certa forma objetiva para atender a proposta do trabalho.

De acordo com Goleman, "Inteligência Emocional é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade das pessoas em reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles". Deveria ser leitura obrigatória, principalmente aos professores brasileiros que vivem em constante tensão nas salas de aula em razão de uma série de situações. Já escrevi sobre (Leia o artigo sobre esse tema em blovog.blogspot.com.br/2012/07/a-educacao-por-oticas-distintas).

Está relacionada às habilidades das pessoas em se auto motivar, sem desanimar diante de desilusões e insucessos. É conseguir controlar seus próprios impulsos e motivar pessoas, fazendo com que elas deem o melhor de si e sejam comprometidas com seus objetivos. Esse conceito rapidamente me remete à interação entre professores e alunos, mas, também, entre chefes, líderes e subordinados.

Muitos estudos apontam quais são as competências, atitudes, qualidades e ações ideais de um líder. Liderança envolve, da mesma maneira, empresas e colaboradores e professores e alunos. Em ambos os segmentos existem os que agem feito chefe e os que atuam como líder. Cada qual no seu quadrado.

Ocorre que a expressão "chefe" tem sido depreciada, como se fosse uma pessoa malvada, inescrupulosa, que não tem um bom relacionamento com os subordinados. Por outro lado, a palavra “líder” passou a ser usada como se fosse um cargo e não características intrínsecas de alguém com habilidade para ser, de fato, líder.

Não podemos nos esquecer de que o líder é visto e aceito como líder, independente do cargo. Mas, voltando ao tema, Inteligência Emocional é a principal característica de um líder, que sabe controlar as emoções e agir com a razão. É isso que difere os humanos dos outros animais. Em resumo, é dessa maneira que evitamos brigas e conflitos.

Quem conhece e controla suas próprias emoções tem relações mais saudáveis e uma vida melhor.

quinta-feira, julho 26

Criatividade ou falta de bom senso?

É de arder os olhos e doer os ouvidos os nomes de registro no TRE de candidatos a vereadores em nosso país e, porque não dizer, em nossa cidade.

Para recordar, depois que o Macaco Tião, um primata do zoológico carioca, teve 400 mil votos para a prefeitura do Rio de Janeiro, o que, aliás, foram votos de protesto como no caso do deputado Tiririca, podemos esperar de tudo na política brasileira. A criatividade ou falta de senso dos candidatos não se restringe apenas aos nomes, mas também às propagandas, slogans e às promessas irresponsáveis de campanha.

Hipoteticamente, se você quiser votar no Antônio de Souza, pode ser que encontre na lista nomes como Toninho Pangaré, Chupetinha, Tonho Tijolada, Caroço ou outros apelidos bizarros. Em uma das empresas em que trabalhei, na cidade de Goiânia, conheci um candidato que, profissionalmente atuava numa empresa desentupidora de esgoto. Entre os amigos era chamado de “Fulano” Rola Bosta. Podem acreditar, pois foi exatamente esse o nome utilizado por ele para concorrer à vereança numa cidade vizinha.

Em determinada circunstância, é aceitável que uma pessoa possa ser reconhecida com apelido extravagante entre os amigos. Noutra, é você se candidatar a um cargo público com a proposta de representar seus eleitores com um nome esquisito que pouco representa a importância da função política.

Não precisamos ir muito longe. Em Lins, uma das cidades que, proporcionalmente à quantidade de eleitores, tem um dos maiores números de candidaturas a vereador, muitos nomes são de doer.

Não vou me atrever a listar aqueles que são exagerados por que, no atual momento, uma polêmica poderá provocar maior notoriedade aos candidatos. É comum ver prenomes acompanhados da função ou até do nome da empresa em que cada um trabalha. Até aí, nada de mais. Entretanto, alguns não refletiram bem na escolha do nome e acabam sendo motivos de chacota e depreciados pelos eleitores que não conhecem suas virtudes.

Concordo que a escolha por nomes que diferenciem os candidatos de seus concorrentes pode ser uma boa estratégia eleitoral, afinal, em se tratando de Marketing, seu nome é sua marca. E esta ciência não é exclusiva para empresas. Assim como elas utilizam o Marketing para construir marcas renomadas e confiáveis, estabelecidas por meio de uma reconhecida reputação e da oferta de produtos e serviços honestos e de qualidade, pessoas também podem trabalhar sua imagem e seu nome.

O Marketing Pessoal é importantíssimo nesse momento, no entanto, a construção de um nome de respeito não se obtém da noite para o dia ou às vésperas de uma eleição. É necessário um longo e detalhado planejamento, com estratégias muito bem definidas. E necessário apresentar o que a pessoa faz de bom e de importante à sociedade, e se a sua postura profissional e ética pode refletir positivamente em sua função pública.

É impossível construir uma marca consagrada para produtos que não tenham qualidade, assim como também é para obter distinção política para oportunistas que tentam promover aquilo que não são.

Transformar um nome pessoal numa marca respeitada exige ações de longo prazo.

quinta-feira, julho 19

A Educação por óticas distintas

Todos concordam que a Educação é o principal caminho para que a sociedade alcance justiça social com dignidade. Por outro lado, também é unânime que a educação brasileira apresenta sérios problemas e não atende adequadamente às necessidades socioculturais dos indivíduos. A começar pelo planejamento curricular desatualizado e pela falta de melhor capacitação dos professores.

O enigma na educação também é facilmente traduzido pela falta de uma política séria sobre o tema, bem como de recursos que acabam minando a criatividade e a motivação de professores e alunos.

A fórmula mágica para mudar a educação pode ser encontrada em artigos, livros, revistas, comentários de especialistas, noticiários, dentre tantas outras mídias. Tudo é apresentado de forma simples e com resultados maravilhosos. Mágica sim, mas não impossível. O grande entrave é colocar em prática essas ideias em busca da tão sonhada transformação da educação. O pontapé inicial dessa grande obra depende, principalmente, da vontade governamental, e ela não sai do papel.

Para que ocorram mudanças faz-se necessário um levantamento real das dificuldades educacionais, projeta-las num planejamento maior que envolva não apenas os tecnocratas da educação, mas, do mesmo modo, a sociedade civil para que se alcance os melhores e mais rápidos resultados. Em resumo, o país necessita urgentemente de um projeto eficiente e eficaz.

Na visão do governo, a mudança na educação está nas mãos do professor, da sua vontade, criatividade e motivação. Fala-se em novas metodologias, em utilizar a inovação tecnológica como aliada do ensino, em dar a cada aluno um tablet. Tudo isso é muito bonito, mas, como obter um resultado coerente se não existe um projeto pedagógico que contemple, com seriedade e melhor aproveitamento, o uso da tecnologia em sala de aula. Como harmonizar essa situação se em muitas escolas do próprio governo é proibido o uso de desktops e celulares com internet pelos alunos. Se, por um lado entende-se ser necessário, por outro, não há consenso.

O atual modelo de ensino-aprendizagem já se consumiu e não atende mais as necessidades das novas gerações que ingressam na educação escolar. Conectadas e plugadas às notícias de todo tipo, com um simples clique no computador ou celular, encontram informações que mesclam de forma criativa imagens e vídeos e facilitam o conhecimento. Neste contexto, segundo Fernando Almeida, diretor da Editora Saraiva, “o professor está deixando de ser o agente central do processo para se tornar um mediador, o facilitador do desenvolvimento das habilidades e competências dos alunos...”.

Ryon Braga, presidente da Hoper Educação, reforça que “a velocidade com que a tecnologia instrumentaliza o saber está sendo muito maior do que a velocidade com que conseguimos adequar nossos modelos, metodologias, didática e modo de operação”.

Vontade não falta aos docentes, de outra forma, com a crescente violência e a falta de segurança nas escolas, teriam desistido. Criatividade? Como exercitá-la sem os recursos básicos necessários e em ambientes inadequados para o aprendizado? Motivação, por mais subjetiva que seja, não resiste por muito tempo sem um mínimo de incentivo e reconhecimento. Portanto, não se concebe aqui uma atuação adequada do poder público federal.

Enquanto o governo “bate o pé”, contrário ao reajuste dos salários dos professores, dados do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro apontam que o governo do Estado utilizou verba da Secretaria Municipal de Educação para quitar dívidas de escolas de samba do carnaval carioca. Voltamos à Roma Antiga, à política do pão e circo. E este não é um fato isolado.

O resultado de tudo isso se reflete mais a frente. De acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional - INAF, divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro - IPM e pela ONG Ação Educativa, e publicado no Estadão em 17/7/12, 38% dos estudantes do ensino superior não dominam habilidades básicas de leitura e escrita.

É necessário concordar que a educação vem atravessando algumas melhorias nos últimos anos, entretanto, se comparadas aos valores anunciados pelo governo, são insignificantes perto da valia e atenção que o assunto requer. Os investimentos no setor não garantem o crescimento necessário para que o país se aproxime minimamente do patamar dos países mais desenvolvidos da América Latina, que dirá da Europa ou Estados Unidos.

O Brasil está crescendo, mas, precisa fazer o dever de casa e investir com mais seriedade na educação para reduzir a desigualdade social.

terça-feira, julho 17

Marcas mudam até de cor para não perder mercado

Marcas internacionais mudam de cor para agradar dois bois, em Parintins
Ação tem objetivo de não perder clientela e se adequar à cultura local.
Banco tem entradas azul e vermelha; refrigerante ganha lata azul.


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