Na onda da sustentabilidade e da manutenção da imagem, grandes marcas investem na transformação das tradicionais sacolas plásticas em “ecobags”.
Pressionados pelos naturalistas e ONGs defensoras do meio ambiente, autoridades e executivos tem, insistentemente, discutido sobre a lei para coibir o uso de sacolas plásticas. A discussão segue firme e forte não apenas no congresso, mas, também, na sociedade como um todo. Em alguns estados a lei foi sancionada e já está vigorando.
“Se não vai pelo amor, que seja na dor”.
Infelizmente, é assim que o brasileiro, de maneira geral, se acostumou a obedecer às leis. Não basta provar e comprovar as causas e danos, ele tem que sentir no bolso – ou na carne.
Na mesma cartilha, sem oportunismo, mas aproveitando as oportunidades, profissionais de Marketing começaram a transformar sacolas não só em produtos sustentáveis, mas, em “displays” ambulantes. Uniram o útil ao agradável – ou comercializável.
As sacolas, protagonistas do atual debate, surgiram no final da década de 1950 e logo se converteram em diferenciais para as redes de supermercados por facilitarem o transporte das mercadorias. Para as donas-de-casa, sempre significaram economia, já que, entre tantas possibilidades, elas servem também para acondicionar o lixo a ser recolhido pelo município. Especialistas alertam que elas duram 300 anos para se decomporem.
Segundo pesquisa da Agência Ambiental da Inglaterra, as sacolinhas plásticas causam menos danos ambientais que outros modelos, uma vez que, sacolas de papel, plástico resistente (polipropileno) e algodão consomem mais matéria-prima e energia para sua fabricação. Por isso, teriam que ser reutilizadas 3, 11 ou 131 vezes, respectivamente, para causar menos danos ambientais que uma sacola plástica usada apenas uma vez. (Fonte: IstoÉ Tecnologia e Meio Ambiente, 11/4/11).
O problema não está no plástico. Ocorre que a falta de educação e bom senso do brasileiro faz com que muitas dessas sacolas, vazias ou cheias de lixo, vão parar nas ruas e rios, entupindo bueiros e sobrecarregando aterros sanitários. Em épocas de chuva, as sacolinhas seguem na preferência dos naturalistas de plantão como as maiores responsáveis pelas enchentes que aumentam a cada ano.
Mas, este texto não quer colocar em discussão os prós e contras à manutenção das sacolas e sim mostrar que é possível, com criatividade e bom senso, transformá-las num objeto sustentável e, ao mesmo tempo, comunicativo. Basta lembrar que, num passado bem recente, as sacolas também serviram para divulgar fotos de centenas de crianças desaparecidas, entre outras informações importantes.
A opção preferida é transformá-las em ecobags, ou seja, sacolas que permaneçam mais tempo nas mãos dos consumidores. Mas, não basta torná-las apenas retornáveis. Elas devem ser bonitas, na moda, resistentes e criativas. Servir para outras atividades que não exclusivamente ao transporte de mercadorias do supermercado. Quem sabe utilizá-la para ir à praia ou desfilar no shopping.
Vilãs ou mocinhas, as sacolas se tornaram uma poderosa ferramenta de Marketing, seja por influência da discussão em questão ou pela sua própria importância no transporte e na divulgação de uma marca.
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