Para crescer entre os consumidores brasileiros de baixa renda, a Coca Cola vem transformando jovens moradores de favelas e bairros pobres em vendedores - uma mistura de ação social com o mais puro marketing. Durante cinco meses, 20 executivos da Coca-Cola conviveram com famílias das classes C e D em diferentes regiões do país. Durante dois dias eles participaram de tarefas domésticas, sem se identificar como executivos ou que trabalhavam para a Coca-Cola - a abordagem das famílias foi feita por meio de um instituto de pesquisa. Nesse processo, os executivos cozinharam, fizeram compras e foram a cultos religiosos. No início dos anos 90, a Coca-Cola chegou a ter 60% de participação no mercado brasileiro de refrigerantes. Tempos depois, viu sua participação cair para 48%, por causa do crescimento de mercado das Tubaínas. As vendas foram se recuperando aos poucos. Hoje, a empresa tem 56,8% de participação. A meta da Coca-Cola, ao final do programa, é transformar um em cada dez alunos em revendedor de seus produtos em seu bairro. Até agora o programa já formou 550 jovens em cinco favelas -- duas na cidade de São Paulo e três em Recife. A ideia, no entanto, é treinar 1 milhão de jovens até 2012, em 1 500 comunidades.
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