Marcas dizem praticar a sustentabilidade, mas muitas delas
não conseguem comprovar.
Já ouviu o termo Greenwashing? Se não, a partir de agora
insira-o em seu dicionário pois será de muita valia se você que se preocupa com
o meio ambiente.
Segundo reportagem
da Revista Proteste, edição 122, Greenwashing
ou maquiagem verde é o que muitas empresas estão praticando com o intuito de confundir
os consumidores que buscam por produtos ecologicamente corretos.
Resumidamente, o
artigo aborda que a preocupação com o meio ambiente fez crescer a busca por produtos
sustentáveis e possibilitou a algumas marcas apostar no Marketing Verde para se
diferenciar no mercado. Ocorre que muitas delas não tem como comprovar a veracidade
da informação e acabam cometendo o Greenwashing.
Um produto para
ser realmente sustentável deve considerar todo o impacto ambiental desde a sua
fabricação até o fim do seu ciclo de vida. Essa é a informação ausente nos
rótulos que acaba ludibriando os consumidores.
Marcas como Bombril,
Bic, Native, Danoninho, entre outras, colocam em seus rótulos informações irrelevantes,
que na verdade confundem e não deixam evidentes a prática de ações
ecologicamente corretas.
Veja alguns
exemplos: a linha de xampus da marca Ecologie, que se diz natural, apresenta em
sua composição uma série de agentes químicos prejudiciais à natureza. O Bombril
Ecológico promete não deixar resíduos, mas não considera as outras etapas na
sua cadeia de produção. Marcas de desodorantes ou outros produtos spray trazem nos seus rótulos a mensagem
“Não contém CFC – inofensivo à camada de Ozônio”. Na realidade, o uso dessa substância
já está proibida por lei.
Outro exemplo é
quando estampam nas embalagens de aço ou alumínio a informação de “reciclável”.
Trata-se de um apelo irrelevante, pois todo alumínio ou aço é reciclável. O
objetivo da marca, nesse caso, é apenas passar a falsa ideia de que se trata de
um produto sustentável.
O papel reciclado
utilizado por muitas empresas como o principal diferencial em favor do meio
ambiente também deve considerar outros aspectos. Pouco importa se ele vem de
florestas sustentáveis se a sua produção causa emissão de gases de efeito
estufa. Produtos biodegradáveis contem outros agentes químicos que agridem o
solo e os lençóis freáticos. Isso não está claro no rótulo.
Outro pecado cometido
pelas marcas são com os produtos 100% natural. Arsênio, urânio e mercúrio também
são produtos naturais e, no entanto, são venenosos. Ou seja, algo 100% natural
não é, necessariamente, “verde”.
O mais grave de
tudo isso é que você acaba pagando bem mais caro nos produtos que se dizem
ecologicamente corretos.
Segundo a
reportagem da Revista Proteste, não há no Brasil uma lei que obrigue as
empresas a informarem nos rótulos suas declarações ecológicas. Entretanto, a
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas possui um programa baseado nas
normas ISO 14.020 que padroniza a rotulagem ambiental. Dessa forma, os rótulos
serão exatos e não enganosos com relação ao impacto ambiental que o produto
pode causar.
Se o assunto lhe
interessa, acesse o site http://www.proteste.org.br/dinheiro/nc/noticia/greenwashing e leia a reportagem na íntegra.
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